sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Luana Michele Andrade

Candomblé





É uma religião que tem suas origens na África e foi re-criada aqui no Brasil pelos africanos aqui trazidos como escravos ao longo de mais de três séculos.
Os principais criadores dessa religião foram os negros das nações iorubás ou nagôs e os das nações fons ou jejes.
A mais antiga Casa de Candomblé, a Casa Branca (Ilé Àxê Ìyá Nasò Oká), foi fundada aqui em Salvador.
O Candomblé envolve uma complexa organização de crenças e rituais. Os cultos, em torno de uma ordem de orixás e divindades intermediarias. As cerimônias, abertas ao públicos, realizam-se noite adentro, acompanhadas de instrumentos de percussão: atabaque, agogô, adjá, caxixi.
Uma das características fundamentais do candomblé é o longo processo de iniciação. Incluía lavagem de contas e o bori.
O posto mais alto na hierarquia do candomblé é ocupado pelo pai-de-santo e quando mulher, pela mãe-de-santo. Eles são escolhidos pelos próprias Orixás para que os cultuem na terra. Os orixás os induzem a isto, fazem com que as pessoas por eles escolhidas sejam naturalmente levadas à religião, até que assumam o cargo para o qual estão destinadas.

Algumas principais festas no Candomblé são:

• Festa de Oxóssi.
• Festa para Obaluaiê e Festa de Oxumaré.
• Festa de Erê.
• Festa de Xangô.
• Festas das iabás Iansã, Oxum e Iemanjá.
• Festa de Oxalá.

Nos dias de cerimônias publicas, chamadas de Xirê dos Orixás – a festa, a distração dos Orixás, os barracões é enfeitados com guirlandas de papel nas cores do festejado do dia. Os Ogãs são instalados em cadeiras especiais, marcadas com seu nome, onde só eles tem o direito de sentar.O resto do publico fica dividido em dois grupos, homens de um lado e mulheres do outro.
No inicio da festa a orquestra acompanhado do Agogô, toca apelos ritmados a diversas divindades. Tais instrumentos possuem um papel essencial nas cerimônias. Eles foram batizados e, de vez em quando, é preciso manter suas forças, o Axé por meio de oferendas e sacrifícios. Os atabaques preenche um papel duplo: o de chamar os Orixás no inicio das cerimônias e de transmitir as mensagens dos deuses.
Durante os toques de chamas feitos no inicio das cerimônias, os atabaques são batidos sem acompanhamento, sem dança e sem canto.
Os elementos melódico das musicas africanas destaca-se o decorrer das cerimônias privadas, no momento dos sacrifícios, oferecimentos e louvores dirigidos as divindades frente aos Pejís. São cantos sem acompanhamentos de tambores, o ritmos fica ligeiramente marcado pelo bater das palmas.
Antes de começar o Xirê dos Orixás ( a dança, a alegria dos Orixás ) no barracão, faz-se sempre o Padê, palavra que significa encontro, um encontro principalmente com Exu, o mensageiros dos outros deuses, para acalmá-lo e dele obter a promessa de não perturbar a boa ordem da cerimônia da que se aproxima.
Exu é saudado como prelúdio a uma serie de cantos e de louvores dirigidos sucessivamente aos Essas, fundadores dos primeiros terreiros Ketu da Bahia.
No inicio da noite, começa o Xirê. Os Iaôs vem saudar a orquestra e prosternar aos pés do Pai ou da Mãe de Santo, executando, em seguida, ao som dos atabaques dança para cada um dos Orixás.
Os Orixás são recebidos com gritos e louvores. Os Iaôs vestem-se com roupas características do seu Orixá e recebem suas armas seus objetos simbólicos. Uma vez convenientemente vestidos, todos estes Orixás encarnados voltam em grupos ao barracão, onde começam a dançar diante de uma assistência recolhida. Xangô desfila majestosamente, Oxum requebra-se, Oxossi corre perseguindo a caça, Ogum guerreira, Oxalufan, enfraquecido e curvado pelo peso dos anos, arrasta-se mais do que nada, apoiando seu sei Paxorô.
Se a festa é pra Xangô, pode-se aguardar a sua volta momentânea a Terra, acompanhado por suas mulheres. Participam dessa cerimônia, Oxum, Oyá-Yansã. Se a cerimônia destina-se a Ogun, Oxossi, também esta presente, sendo provável o aparecimento de Oyá-Yansã. Se a festejada for Oxun, Xangô esta presente mas Oxossi também pode comparecer, como lembrança de suas aventuras passadas.

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