quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Bárbara Carvalho

Visita ao Centro de Caridade Caboclo Capangueiro:
Primeiramente fui informada que seria necessário ir vestindo roupas claras, principalmente o branco, porque simboliza a paz e contribui para o total equilíbrio da energia que nos envolve, também deveria evitar roupas curtas, decotadas e apertadas para que demostrasse respeito ao Centro. Logo na chegada a Centro uma das responsáveis, Ely Macedo, disse que caso eu precisasse de ajuda ou em casa de dúvidas, poderia ter a orientação dos Ministros de Xangô, ogãs e equedes do Centro, logo após toda a reza. No Centro, tive que me acomodar em silêncio, e me concentrar nas orações, e na hora do passe não poderia fazer escolhas, pois todos os guias espirituais são aptos a prática da caridade, seguindo e respeitando sua própria linha de trabalho, mas que eu poderia me consultar no final dos passes.
O Centro de Caridade Caboclo Capangueiro estava em festa pela comemoração dos seus 9 anos de existência, oferecendo todo um trabalho espiritual para a comunidade ao longo desses anos. O grande líder espiritual do Centro é o Caboclo Capangueiro. O Centro através de seus mentores espirituais busca ajudar seus seguidores a resolver seus desafios apegando-se as leis de Deus e respeitando a lei do livre arbítrio e o merecimento de cada um.
No início da reunião teve a prece de abertura, a chamada “mesa branca”, onde foi aguardada a chegada do irmão Jeremias, um dos monitores espirituais da casa, com suas preces e orações; logo depois veio o Caboclo Capangueiro na Umbanda, giro de caboclo. Neste exato momento existem oferendas dos assistidos para pedir ajuda nas limpezas espirituais, seguindo o legado do Caboclo, e toda a ajuda ofertada é em prol da caridade. As oferendas foram: ovos, charutos, cerveja preta, milho branco entre outros. Depois que irmão Jeremias e Capangueiro baixaram foi a vez do Boiadeiro , depois o Tupinambá ( o tupi guerreiro) que ofereceu uma água da cachoeira para beber, e passou óleo nos meus pés para abrir meu caminho. Em seguida vieram Oxossi, depois Marujo que veio alcoolizado, depois Iemanjá, Ogum, Iansã que simboliza ventos e tempestades me falou algumas palavras, e por último Eru.

Ás 20:00 tudo se encerrou, só poderia sair de lá, depois que todos os orixás tivessem ido embora. Voltei para casa com uma ótima impressão do Centro, e dessa religião, o Candomblé. Gostei de todas as palavras que Iansã me disse ao longo do passe, fui muito bem recebida, no início de tudo, até informaram que alunos da Unijorge compareciam naquele sábado, o que me deixou bem a vontade. Fui até convidada para retornar no próximo sábado e para fazer um trabalho de limpeza de final de ano para adentrar 2010 esbanjando energia positiva. Quanto entrei no Centro tive que esquecer todas as desavenças, mágoas e ressentimentos, isso iria me fazer sair de lá com paz e luz em meu caminho, e sem dúvidas deu certo.



Mensagem:
“ Que o Caboclo Capangueiro possa abrir sua capanga e lançar sobre todos o poder de cura sobre os males do corpo, da mente e da alma”
( Ely Macedo/ Oswaldo Silva )

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