quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Albertina Paz

FESTA DE CONDOMBLÈ – CENTRO DE CARIDADE CABOCLO CAPANGUEIRO

Fui fazer uma investigação em festa de Candomblé, escolhi o Centro de Caridade Caboclo Capangueiro é um espaço que recebe diversas pessoas, de varias idades e raças. Os encontros na maiorias das vezes ocorrem as quartas – feiras, porém nesse sábado dia 31/10/2009, ocorreu a festa em comemoração aos 9 anos de criação do Centro de Caridade Caboclo Capangueiro.
O Centro de Caridade Caboclo Capangueiro foi criado com a finalidade de desempenhar um trabalho espiritual para a comunidade, através de seus mentores espirituais, buscando ajudar seus seguidores a resolver seus desafios, apegando – se as leis de Deus e respeitando a lei do livre arbítrio e o merecimento de cada um.
Logo quando cheguei fui recebida por Ely Macedo, que é responsável por em informar e orientar as pessoas que vão a casa pela primeira vez, como era o meu caso, antes de começar a comemoração, ela informou que tinha alunos fazendo um trabalho acadêmico, pedi a ela para ficar em algum lugar que pudesse observar tudo com clareza e que ela pudesse me explicar cada ritual que seria realizado, Ely me colocou sentada praticamente no centro, onde era feito toda a iniciação.
A festa foi iniciada com uma prece de abertura na mesa branca, onde todos aguardavam a chegada de irmão Jeremias, que é dos mentores espirituais da casa, que fez diversas preces e falou sobre os espíritos encarnados e desencarnados e terminou pedindo a todos que cantassem com ele a musica “Quão grande és tu” enquanto ele ia dando banho de água benta nas pessoas e se despedindo.
Após toda essa iniciação feita por Irmão Jeremias e demorou um pouco e eu já ouvi um grito saindo de um canto, não conseguia identificar quem era mais Ely disse que era Capangueiro, quando o mesmo chegou às pessoas começavam a cantar, batendo palmas acompanhando o ritmo das musicas, uma das coisas que me chamou a atenção era a falta de instrumentos, que para mim todo terreiro tinha que ter porem foi explicado que pelo fato de ser justamente um centro de caridade eles não usam os famosos atabaques, vão mesmo na palma da mão.
Depois de Capangueiro eu já estava meio tonta de tantos orixás que iam surgindo, mais foram: Capangueiro, Boiadeiro, Tupinambá (tupi – guerreiro) Oxossi, Marujo, Ogum, Yemanjá, Iansã e Erú entre outros que não me lembro os nomes.
Após todos esses surgimentos, foi feito uma pausa para que as pessoas pudessem fazer suas oferendas para o caboclo, reparei que muitos levaram charutos e cervejas, fui informada que era o que mais agradava aos caboclos, principalmente a boiadeiro, Capangueiro e a Tupinambá. Logo depois das pessoas realizarem suas oferendas, foi realizada uma fila para que as pessoas pudessem tomar o passe, durante esse tempo que a fila estava sendo formada Tupinambá chegou até mim, e me ofereceu água da cachoeira, perguntei pra que era aquela água, Ely me disse que era água com poder curativo que ele era um índio curandeiro e que ela não dava aquela água as pessoas e que era um privilégio ele ter me oferecido, na hora do passe fui encaminhada para Erú, que utilizou de algumas folhas, e me disse alguma coisa que até agora eu estou pensando.
A festa foi encerrando quando todos os caboclos foram embora, e o responsável pela mesa branca pediu para todos que se virasse em direção à rua e levantassem os braços e fizessem uma oração pelas pessoas que gostavam.

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