terça-feira, 17 de novembro de 2009

Felipe Rufino

Festa de Xangô:

Com muitos instrumentos, muita oferenda e muita dedicação de quem participa a festa ganha um brilho especial. A adoração a Xangô, que é Orixá, de origem Yorubá. Seu mito conta que foi Rei da cidade de Oyo, identificado no jogo do merindilogun pelos odu obará, ejilaxebora e representado materialmente e imaterial pelo candomblé, através do assentamento sagrado denominado igba xango. A festa tem sua roda característica onde todos participam, desde do toque nos instrumentos, até as participações no ritual de apresentação. Muitos coros são invocados e muitas pessoas entram em sintonia com um mundo diferente, parecendo que o corpo entra em transe, onde o corpo não é mais o corpo e sim instrumento para adoração a Xangô.
Os filhos de Xangô são pessoas que possuem um elevado sentido da própria dignidade e das suas obrigações, o que leva a se comportarem com um misto de severidade e benevolência, segundo o humor do momento, mas sabendo guardar, geralmente, um profundo e constante sentimento de justiça.
Assim como Xangô, seus filhos são preocupados com o "senso justo" das ações, suas e dos outros. Na festa vemos muito amor ao que fazem, incorporando e fazendo daquele momento único e de total ligação com um mundo de adoração.
Grande roda é formada no solo de xangô, onde as pessoas sentam, andam e cantam em extrema empolgação. Vimos nas rodas, lembrando até mesmo as rodas de capoeira crianças, adultos, idosos, todos, presentes para o tal momento de louvor e adoração, um momento que se faz com cânticos iniciados por seus lideres espirituais.

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